O laicismo
ideológico tem mostrado sua cara no Brasil e perseguido a religiosidade
que faz parte da cultura deste país. Será o início de uma perseguição
religiosa na Terra de Santa Cruz?
Nos últimos anos, o Brasil vem assistindo a uma série de atos que visam
excluir a religião e o discurso religioso das esferas públicas. Logo que
aparece uma discussão na sociedade como o aborto, a política, o
casamento homossexual, um pequeno – mas barulhento – grupo de ideólogos,
dizem: “o Brasil é laico, a religião deve ser algo privado e não pode
interferir nestes assuntos”.
Sim, o Brasil é um Estado laico, mas isso significa que a religião está
excluída de debater e interferir no que acha essencial para a sociedade?
“Nós não podemos
confundir Estado laico com laicista. Estado laico significa que ele não
confessa uma religião e não é regido por normas religiosas. O contrário
disso é o laicismo, uma espécie de ideologia que prega o racionalismo,
ou seja, tudo o que não é racional ou possui um pouco de expressão
religiosa é desprezado”
O
laicismo tem emergido em muitos lugares do mundo como uma afronta ao
Cristianismo e, muitas vezes, assumindo formas hostis de perseguição. No
Brasil, ele tem avançado e estendido seus tentáculos por meio de
pequenos grupos ideológico-políticos, como por exemplo a Liga Brasileira
de Lésbicas que, em março de 2012, pediu à justiça do Rio Grande do Sul
(RS) a retirada de crucifixos dos prédio públicos – decisão acatada
pelo mesmo órgão – com o argumento de que o Estado brasileiro é laico.
Quando
se fala de Estado laico não significa negar a cultura religiosa de seu
povo. O Brasil tem uma cultura impregnada de religiosidade. Basta vermos
o nome de nossas cidades e Estados como São Paulo, Santa Catarina, São
João da Boa Vista e tantos outros. Será que teríamos que demolir o
Cristo Redentor, símbolo cristão?”A decisão,
de
retirada de símbolos religiosos de repartições públicas é uma grave
ofensa à democracia do nosso país, uma clara ação do laicismo que quer
implantar sua doutrina em terras brasileiras. “Num Estado democrático, o
poder emana do povo; e numa sociedade, na qual a maioria se diz
religiosa, este sentimento deve ser respeitado, portanto, ter um
crucifixo num órgão público não é um desrespeito a quem não acredita,
mas expressa o sentimento religioso da maioria. Tirar o crucifixo como o
fez a Justiça gaúcha é uma ofensa gratuita ao sentimento religioso
desta maioria da população.
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