Nós sofremos mais por causa das pessoas do que por causa das
circunstâncias. As pessoas nos fazem chorar mais do que as vicissitudes
da vida. As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as pessoas. Os
relacionamento
s dentro da família, no trabalho e até igreja, algumas vezes, se tornam
tensos. Feridas são abertas na alma e mágoas profundas se instalam no
coração. Amizades são rompidas, casamentos são abalados, relacionamentos
sólidos entram em colapso. Nesse processo, a comunicação é rompida, o
silêncio gelado substitui as palavras de amor e a desconstrução da
imagem do outros se torna uma verdadeira ação de desmonte.
O
resultado do adoecimento das relações humanas é a mágoa. Esse sentimento
de amargura se instala no solo do coração e lança suas raízes trazendo
perturbação para a alma e contaminação para os que vivem ao redor. A
mágoa é a ira congelada. A mágoa é o armazenamento do ressentimento. A
mágoa é entulhar o coração com rancor, é alimentar-se do absinto do
ranço, é afogar-se no lodo do ódio, é viver prisioneiro da armadilha da
vingança.
A mágoa é uma prisão. Ela é o cárcere da alma, o calabouço das emoções, a masmorra escura onde seus prisioneiros são atormentados pelos verdugos da consciência. Quem se alimenta da mágoa não tem paz. Não tem liberdade. Não tem alegria. Não conhece o amor. Não tem comunhão com Deus. Não pode adorar a Deus, nem trazer sua oferta ao altar. Quem retém o perdão não pode orar a Deus nem receber dele o perdão.
A mágoa é uma prisão. Ela é o cárcere da alma, o calabouço das emoções, a masmorra escura onde seus prisioneiros são atormentados pelos verdugos da consciência. Quem se alimenta da mágoa não tem paz. Não tem liberdade. Não tem alegria. Não conhece o amor. Não tem comunhão com Deus. Não pode adorar a Deus, nem trazer sua oferta ao altar. Quem retém o perdão não pode orar a Deus nem receber dele o perdão.
A
mágoa é autodestrutiva. Ferimo-nos a nós mesmo quando nutrimos mágoa por
alguém. Guardar mágoa no coração é como beber veneno pensando que o
outro é quem vai morrer. Quem guarda mágoa no coração vive amarrado
pelas grossas correntes da culpa. Quem vive nessa masmorra adoece
emocional, física e espiritualmente. Há muitas pessoas doentes porque se
recusaram a perdoar. Na igreja de Corinto havia pessoas fracas, outras
doentes e algumas que já estavam mortas em virtude de relacionamentos
adoecidos (“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo
homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” 1Co
11.3). Tiago ordena os crentes a confessarem seus pecados uns aos outros
para serem curados (“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e
orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua
eficácia, a súplica do justo.” Tg 5.16). Há muitas pessoas vivendo
cativas no calabouço do diabo, prisioneiras do ódio, acorrentadas pela
mágoa, cuja vida espiritual está arruinada. Gente que precisa ser
liberta dessa prisão existencial, desse cativeiro espiritual.
O
Salmista Davi orou pedindo a Deus para tirar a sua alma do cárcere
(“Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome.” Sl
142.7)A chave que abre a porta dessa masmorra é o perdão. O perdão traz
cura onde a mágoa gerou doença. O perdão traz reconciliação onde a mágoa
gerou afastamento. O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu
tristeza e dor. O perdão restitui aquilo que a magoa saqueou. O perdão é
a faxina da mente, a assepsia da alma, a limpeza dos porões do coração.
Perdoar é zerar a conta. É nunca mais lançar no rosto da pessoa a sua
dívida. Perdoar é lembrar de sentir dor. Perdoar é não retaliar. É pagar
o mal com o bem. É abençoar aqueles que nos amaldiçoaram. É fazer o bem
àqueles que nos fizeram o mal. Perdoar é ser um vencedor, pois é vencer
o inimigo não com a espada, mas com o amor. Perdoar é sair do cárcere
da alma, é ser livre, é viver uma vida maiúscula, superlativa e
abundante. Perdoar é viver como Jesus viveu, pois ele não retribuiu o
mal com o mal, antes por seus algozes intercedeu. Perdoar é ter o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus.
Chegou a hora de raiar a
liberdade em sua vida. A Palavra de Deus liberta: “Conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). Jesus Cristo liberta: “Se o
Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). É hora de
sair do cárcere que prende a sua alma com as grossas algemas da mágoa. É
hora de experimentar a liberdade do perdão. É hora de tomar posse da
vida abundante que Jesus lhe oferece.
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