Esse distúrbio não pode ser diagnosticado por meio de exames de sangue,
detectado em chapas de raios-X ou investigado em testes de resistência
física. Mas, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, será
em duas décadas, a doença mais comum do mundo. Você faz ideia do que
estamos falando?
Quimicamente, a depressão é causada por uma alteração nos
neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios, como a
serotonina e a adrenalina, que nos dão a sensação de conforto, prazer e
bem-estar. A pessoa acometida por esse mal começa a apresentar sintomas
como desânimo, tristeza, pensamentos negativos, vontade de morrer,
isolamento e falta de energia para atividades simples.
“Vale ressaltar que há depressões e depressões. Algumas não têm a
alteração só de neurotransmissores, pode ser pelo rompimento de um
relacionamento, da morte de um ente querido, entre outros fatores”,
destaca o psiquiatra Dr. Geraldo Arantes.
Pesquisas recentes comprovam a existência da predisposição genética para
essa enfermidade. Os indivíduos nascem vulneráveis a essa doença, que,
no entanto, não se manifesta em todas as pessoas predispostas. Isso
depende de vários fatores, chamados estressores, os quais funcionam como
gatilho.
Por exemplo, o estresse psicológico provocado por qualquer adversidade
da vida, o estresse físico, certas enfermidades, o consumo de drogas
lícitas ou ilícitas e alguns medicamentos de uso contínuo podem
precipitar esse quadro. Entre as drogas lícitas destaca-se o álcool e
entre as ilícitas, os estimulantes como a cocaína e as anfetaminas.
A ocorrência de depressão num membro da família aumenta muito a
possibilidade de um parente próximo ou de primeiro grau ser afetado pela
doença. No entanto, deve-se sempre considerar, nesses casos, não só os
fatores genéticos como também os fatores ambientais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário